Imagem Arquitetura Paulistana

Metrópole Arquitetada: Uma Jornada pela História da Arquitetura de São Paulo

Descubra fatos fascinantes da história da arquitetura de São Paulo e como ela evoluiu ao longo do tempo para acompanhar a transformação da pequena vila colonial fundada em 1554 na potente metrópole dos dias de hoje.

A pedra fundamental da arquitetura paulistana


Em janeiro de 1554, um grupo de jesuítas comandado pelo padre Manuel da Nóbrega chega a um planalto chamado Piratininga, com o objetivo de catequizar os indígenas que viviam na região.

Com a anuência dos chefes indígenas locais, eles se instalam na parte de uma alta colina localizada entre os rios Tietê, Anhangabaú e Tamanduateí.

E no dia 25 de janeiro daquele ano, foi celebrada uma missa que marcou o início dos trabalhos dos jesuítas com os indígenas e entrou para a história como o marco do nascimento da cidade de São Paulo.

A primeira construção, do então povoado, foi um barracão de taipa de pilão, seguida, dois anos depois, por uma igreja, que foi a primeira edificação duradoura do povoado. Em seguida, foram erguidos o colégio e o pavilhão de aposentos.

Destas construções originais, resta apenas uma parede de taipa, onde hoje encontra-se o Pátio do Colégio que eterniza os primeiros passos da arquitetura paulistana até os dias de hoje.

O desenvolvimento dos estilos da arquitetura de São Paulo


A cidade de São Paulo passou por diversas mudanças arquitetônicas desde a sua fundação, onde conviviam edificações da arquitetura colonial e indígena, até os tempos atuais com a sua arquitetura tecnológica que permeia seus modernos arranha-céus.

Ao longo dos mais de 469 anos de existência de São Paulo, é possível identificar diversos estilos arquitetônicos que marcaram a história da cidade e moldam a paisagem da nossa querida metrópole.

É importante destacar que a arquitetura da nossa querida cidade de São Paulo foi influenciada desde o início pela cultura dos indígenas e dos portugueses, assim como também ao longo do tempo pelos demais europeus e africanos que chegaram à cidade e juntos contribuíram para o seu crescimento.

As primeiras edificações da cidade eram construídas com materiais simples e técnicas rudimentares, como taipa de pilão e pau-a-pique, que foram evoluindo com o passar do tempo, como a utilização de tijolos, depois de concreto armado, e assim por diante com outros vários tipos de materiais e técnicas.

Para facilitar a compreensão do desenvolvimento da arquitetura paulistana ao longo do tempo, é possível organizá-la em cinco grandes fases:

  • 1554 a 1822 – Arquitetura Colonial

  • 1822 a 1889 – Arquitetura Neoclássica

  • 1889 a 1950 – Arquitetura Modernista

  • 1950 a 1980 – Arquitetura Pós-Modernista

  • 1980 ao dias atuais – Arquitetura Contemporânea

Os traços da arquitetura colonial de São Paulo


A arquitetura colonial de São Paulo foi marcada pela adaptação das técnicas de construção dos europeus com as matérias primas disponíveis no Brasil naquela época.

Além da fusão de estilos dos portugueses com as dos indígenas, e mais tarde com as dos africanos, o que gerou uma identidade própria para a arquitetura paulistana.

Inspirada pelo estilo manuelino, a arquitetura colonial buscava exibir detalhes ornamentados que refletiam o período gótico-renascentista atuante naquela época em Portugal.


Materiais regionais e técnicas adaptadas


A primeira dificuldade dos portugueses foi com a falta dos materiais tradicionais europeus que eles estavam acostumados para construir suas edificações.

Os materiais disponíveis na região para as construções na época colonial eram principalmente a argila e a madeira de lei, que obrigaram os portugueses a adaptarem suas técnicas para o procedimento taipa de pilão.

A solução foi positiva, pois com a taipa de pilão, também conhecida como pau a pique, foi possível erguer estruturas resistentes que se adaptavam bem ao clima tropical da região, além de possibilitar a ornamentação das fachadas com elementos em relevo.


Estilo marcante e elementos distintivos


Inspirada pela arquitetura lusitana daquele tempo, a nossa arquitetura colonial de São Paulo foi notável por sua simplicidade funcional aliada a elementos finamente decorativos que marcaram época.

Algumas das características marcantes da época são as fachadas caiadas, os azulejos pintados a mão, as janelas de guilhotina, as portas entalhadas e as sacadas com grades de ferro ornamentado.

Esses elementos não apenas conferiam um toque de elegância, como também atendiam às necessidades de ventilação e iluminação das edificações.


Influência preponderante da Igreja Católica


Uma influência evidente na arquitetura colonial de São Paulo são as igrejas católicas ricamente ornamentadas, construídas principalmente nos estilos barroco e rococó, conhecidos por sua exuberância e riqueza de detalhes.

Por serem o centro espiritual e também social das comunidades coloniais, as igrejas possuíam grandes estruturas e eram construções imponentes que acabavam se tornando a principal edificação de suas regiões.

Naquela época a arquitetura das igrejas também era uma forma de expressão artística para transmitir a fé em Deus, que as transformavam em verdadeiras obras-primas, com seus altares suntuosos, suas esculturas adoráveis e suas fachadas finamente decoradas.


Preservação de patrimônio histórico


São Paulo preserva ainda hoje muitos exemplos notáveis da arquitetura colonial, principalmente no centro da cidade, que é um verdadeiro museu a céu aberto, onde é possível vivenciar a atmosfera única desse período tão peculiar.

Uma construção marcante dessa época é o famoso Pátio do Colégio, construído no século 16, que atualmente abriga um museu que conta a história da cidade e da arquitetura colonial.

Dentre algumas das mais belas edificações religiosas da arquitetura colonial preservadas em São Paulo, se destacam duas igrejas, que são a Catedral da Sé, que foi erguida no século 16, e a Igreja de São Francisco de Assis, que foi construída no século 18.

Particularmente interessante é a construção da Casa do Bandeirante em homenagem aos bandeirantes, construída em 1940, seguindo o estilo da arquitetura colonial e com materiais originais oriundos de edificações coloniais demolidas na cidadee.

Os xxx da arquitetura neoclássica

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